Mais uma figura histórica de grande importância da região da Guarda.
António Gonçalves de Bandarra (1500-1556) nasceu e faleceu em Trancoso. Tendo exercido a profissão de sapateiro, dedicou-se à divulgação em verso de profecias de cariz messiânico. Por causa disso, foi acusado pela Inquisição de judaísmo e as suas trovas foram incluídas no Catálogo de Livros Proibidos. D. João de Castro foi o editor da primeira edição conjunta das trovas, com o título Paráfrase e Concordância de Algumas Profecias de Bandarra. A obra foi interpretada como uma profecia ao regresso do Rei D. Sebastião. Em 1815, com o título Trovas Inéditas do Bandarra sai uma nova edição. Entre 1822-1823, com o título Verdade e Complemento das Profecias, uma outra. As Trovas do Bandarra influenciaram o pensamento sebastianista e messiânico de Padre António Vieira e de Fernando Pessoa. São três os pontos essenciais da profética do Bandarra: o Quinto Império, a ida e regresso de el-rei D. Sebastião, e os destinos de Portugal. O primeiro ponto preocupa-o em comum com toda a profética europeia, e, em certo modo, a hebraica .O segundo ponto preocupa-se com outros profetas, estranhos à nossa nação; No terceiro ponto das suas Trovas Bandarra preocupa-se em desvendar misteriosamente grandes movimentos das nações, culminâncias da civilização. De todos os «corpos» de que se compõem as profecias de Bandarra, é este o mais ordenadamente disposto, em os seus seis sonhos e a introdução que os abre. É de salientar que nos outros corpos das trovas Bandarra se ocupa de factos precisos, concretos, de importância para o país, não sendo porém os de maior importância.(fonte: http://w3.ualg.pt/~cportela/bandarra.htm)
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